O Conselho Estadual de Educação da Paraíba se reuniu na tarde de ontem com a presença do Secretário da Educação e da Ciência e Tecnologia, professor Cláudio Furtado, com o objetivo de discutir, planejar e ouvir os membros do Conselho sobre o retorno às aulas presenciais na rede estadual de ensino, na rede municipal e na rede privada no estado da Paraíba, onde ficou evidenciado que não há prazo para o retorno às aulas presenciais, desta forma, o Comitê de planejamento formado pela Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia, Secretaria de Saúde, Ministério Público estadual, federal e do trabalho, como também as Entidades de classe, conjuntamente com os representantes dos alunos e pais dos estudantes que irão ainda opinar a respeito do retorno dos alunos à sala de aula, considerando que no atual momento a pandemia COVID-19 continua contagiando as pessoas, conseqüentemente, temos que priorizar a proteção e o isolamento social dos nossos professores e alunos.

O secretário Cláudio Furtado falou que para o retorno a normalidade das aulas no estado da Paraíba é preciso passar por quatro eixos já pré-estabelecidos (infraestrutura da escola, segurança e proteção a saúde, questões pedagógicas e questões sócio-emocionais, além da substituição imediata de mais de 2 mil professores que representam o grupo de risco)

A Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia, através de seu comitê de estudo para o retorno, já tem em mãos um diagnóstico das questões que precisam ser atacadas antes, tendo que rever e destacar todas as questões de proteção aos nossos alunos e funcionários e professores, segundo às normas sanitárias, (priorizar) os professores e funcionários que pertencem ao grupo de risco, 17% dos professores da rede estadual de ensino), além de novas regras para o transporte escolar, onde pós pandemia vai funcionar as escolas de forma híbrida (com alunos presenciais e à distancia) tanto os professores quanto os alunos devem usar a partir de agora ferramentas tecnológicas como atualmente vêm fazendo, a Secretaria que já está utilizando a TV Assembléia e posteriormente e as emissoras de rádio com programas de ensino.

A APLP neste momento, consequentemente, não concorda, em absoluto, com o retorno das aulas presenciais, visto que os profissionais da educação necessitam de orientação e suporte emocional, em virtude do estado de calamidade pública em que encontra-se o estado da Paraíba diante do novo coronavírus, e que as escolas tanto da rede pública como privada, são ambientes de contaminação e conseqüentemente, o atual período é de mais mortes na Paraíba, já que ultrapassa o número superior a 1700 pessoas que foram vitimas da covid-19, inclusive vários colegas professores da rede estadual, municipal, privada e Universidades que já morreram vítimas do vírus.

Ressaltando ainda que o Brasil está no grupo de países com maior segregação social entre nossas escolas, tudo isso exige uma reflexão de toda a sociedade para o retorno na sala de aula dos nossos professores e alunos. Segundo o Professor Fernando Lira, representante da APLP no Conselho Estadual de Educação.